(mas o que é "nada"?)
Chegou aquela época do ano, né @simoneoficial?
Mas, calma: esse não é um texto pra criticar a música ou a cantora… Você já sabe mais ou menos como é a dinâmica por aqui, né?
Nos apegamos a frase “e o que você fez” como se ela fosse sua tia perguntando das namoradinhas, ou o tio perguntando quando você vai arrumar um emprego de verdade.
E eu entendo esse comportamento. Como escrevi no recente “Eu não performo mais” (depois deixa seu like nele lá, se realmente curtir, claro), muitas vezes nos escondemos ou atuamos seguindo padrões. Então, é natural que essa pergunta nos coloque em um lugar de desconforto onde tememos que a resposta não agrade ou se adeque ao padrão esperado.
Aproveitando o #TBT, apoiado no texto “Eu não sou suficiente” (já sabe, né? Curta se curtiu), “o que você fez” não precisa ser excepcional, tão pouco ter esse sentimento de insuficiência. A gente pode abraçar o medíocre e até o ruim.
Eu acredito, de verdade, que a intenção é muito mais sobre olhar e perceber o quanto mudamos de quem fez lista de metas ano passado e quem somos ao final do ano.
É claro que vai ter coisa que a gente não completou, mas será que elas realmente fazem sentido para o nosso eu hoje? E todas as demais coisas que não estavam na lista, mas nos fizeram tão bem? E os ensinamentos que tivemos com as coisas que não nos fizeram bem? E os acasos que aconteceram e a forma como lidamos com eles?
Gosto de pensar que “o ano termina e nasce outra vez” demonstra o quão essa celebração marca apenas isso mesmo: o encerramento de um calendário. Nós seguimos! Podemos completar aquilo que ainda fizer sentido; abrir mão daquilo que não faz; querer coisas novas; estar abertos ao acaso; enfim, viver.
A música imortalizada pela cantora deseja: “que seja feliz quem souber o que é o bem”. Que possamos ser felizes, então 🤗