(É muito cringe demorar tanto pra usar essa referência?)
Uma das cruéis imposições da sociedade é a busca por títulos. Como se colocar-se em caixinhas fosse mais importante que permitir-se descobrir e viver quem se é - inclusive com a liberdade de questionar e mudar.
Por me propor a ser seu amigo e ter conversas profundas de forma aberta e sem preconceitos, vejo a urgência de alertar sobre as armadilhas que eu caí e outras que me coloquei.
Você não precisa estudar algo pensando apenas no trabalho… Da mesma forma que não precisa trabalhar pra sempre com a mesma coisa.
Você não precisa iniciar um relacionamento nos moldes e usando títulos tradicionais só porque está saindo com uma pessoa há algum tempo - O que, obviamente, não exclui a responsabilidade afetiva.
Você não precisa mudar seu estado civil, tão pouco ter filhos só porque as pessoas estão perguntando ou estranhando qualquer coisa - O que, obviamente, não exclui a responsabilidade parental.
Você não precisa se considerar conservador, monogâmico, hétero, cis ou qualquer outra coisa só porque foi criado para se identificar e apresentar dessa forma.
Não estou dizendo que é proibido fazer essas coisas que exemplifiquei, ou qualquer outra - afinal de contas, como aconselhava Antônio Abujamra: “A vida é sua, estrague-a como quiser”… Brincadeira(?)
Meu alerta é para que você, se assim o desejar, faça-o de forma consciente - mesmo que não haja qualquer obrigação real para tal.
Não serei leviano dizendo que todas as pessoas terão as mesmas condições de questionar aquilo que lhes é esperado, em especial aquelas que vivem em lares muito conservadores e ainda possuem alguma dependência (seja financeira ou emocional).
Sabemos que em nossa sociedade alguns padrões trazem benefícios e privilégios - em especial aqueles que ajudam a manter a estrutura - mas também sabemos que não faz sentido viver uma vida infeliz.