Você quer mesmo sair hoje, ou apenas tem dificuldade em dizer não aos seus amigos?
Você quer mesmo comprar isso, ou apenas está escondendo uma questão emocional?
Você quer mesmo mandar essa mensagem, ou apenas está procurando validação?
Você quer mesmo beber, ou apenas está cedendo a uma pressão social?
Você quer mesmo ficar com essa pessoa, ou apenas está querendo provar algo?
Você quer mesmo brigar, ou apenas não consegue aceitar pontos de vista diferentes do seu?
Você quer mesmo falar isso, ou apenas está reproduzindo o que foi ensinado?
Você quer mesmo repetir esses comportamentos, ou apenas está querendo ser aceito?
Você quer mesmo viver desse jeito, ou apenas tem medo de um julgamento moral?
Às vezes acreditamos que estamos tomando decisões de forma consciente e super pautadas em nossas vontades e desejos, mas não raramente nosso subconsciente prega uma peça e nos faz agir baseado em nossos medos e inseguranças.
Eu me faço essas e outras perguntas com certa frequência e descubro que, muitas vezes, a resposta é “rapaz, mas num é que não é exatamente isso que eu quero mesmo?”.
Tá bom, assumo que eventualmente essa pergunta (e o pior, a resposta) só vem depois de já ter tomado alguma decisão… Aí é abraçar o erro e lidar com as consequências, não tem muito o que fazer.
Reforçando que fazer um auto julgamento não vai resolver a situação e tende a torná-la ainda pior, em especial pra quem sofre de ansiedade - como eu sempre digo: não se autodiagnostique, procure um profissional.
De qualquer forma, é sempre bom refletir se o que está nos levando a tomar essas decisões é realmente uma vontade ou desejo nosso e, caso não seja, tentar entender de onde vem esse ímpeto e o que ele está querendo dizer/provar.
Dessa forma, conseguimos trabalhar com nossas questões de forma mais assertiva, evitando machucar outras pessoas e até - ou em especial - nós mesmos.
Tenho pra mim que tentar ser uma pessoa melhor para comigo e para com os demais, é constantemente se questionar. Inclusive sobre questões que já me questionei anteriormente, ou que já tinha dado como certas.
Claro que ninguém é infalível, mas ajuda no processo.
Ah! E que fique claro, tá tudo bem se a resposta pra qualquer uma dessas perguntas - ou outras que você possa vir a fazer a partir desse texto - seja “sim, é isso mesmo que eu quero”.
Nesse caso, faça como diz @leandrolehart em “Vem Dançar o Mestiço” (eternizada pela @carretafuracaooficial): Siga em frente, olhe para o lado!